Musicalização

DESENVOLVIMENTO MUSICAL
(adaptado de Ilari, 2002; McDonald & Simons, 1989; MENC Standards, 1990; Tafuri, 2000; Trehub & Trainor, 1990)

0 - 6 meses
  • Memória de música ouvida durante gestação
  • Reconhecimento da voz materna
  • Preferência por sons muda do grave ao agudo no final da etapa
  • Procura de fontes sonoras, inicialmente com um movimento de olhos e depois com virada de cabeça
  • Diminuição do movimento corporal quando há música
  • No final deste período, respostas corporais generalizadas aos sons musicais
7 - 12 meses
  • Balbuciar musical
  • Movimentos corporais não necessariamente sincronizados à música
  • Percepção de contornos melódicos, padrões rítmicos, forma, timbres, vozes, modos de cantar
  • Modulação de comportamento em resposta aos tipos de música
  • Preferência por consonância, música à cappella
  • Reconhecimento de música conhecida, ouvida repetidamente
13 - 18 meses
  • Vocalizações: Experimentação vocal
  • Jogos musicais – aprendendo a vez de cada um (Cadê?)
  • Fala as primeiras palavras
19 - 24 meses
  • Aumento de vocabulário
  • Experimentação livre de canções
  • Surgimento de canções espontâneas curtas, consistindo, geralmente, em pequenos intervalos melódicos, com padrão rítmico flexível
2 anos de idade
  • Uso de padrões melódicos de canções conhecidas em cantos espontâneos
  • Surge a habilidade de cantar partes de canções
  • Imitação de partes de canções, embora sem acertar todas as notas
  • Movimentos de braços e pernas; sincronização temporária com o pulso (10%)
  • Ritmos constantes porém nem sempre corretos
  • Nenhuma evidência da consciência de forma.

Música na Educação Infantil
Neste livro, Teca Alencar de Brito reúne reflexões teóricas e sugestões práticas de caminhos da educação musical contemporânea com base em seu próprio trabalho e de pesquisadores como Delalande, Paynter, M. Schafer e Koellreutter, entre outros, e oferece aos educadores que trabalham com crianças em idade pré-escolar a possibilidade de enxergar a música como instrumento riquíssimo de formação integral do indivíduo.


Violeta Gainza descreve que “desde a vida uterina o bebê começa a estabelecer as relações com a música e a guardá-las para si.”
Pesquisas apontam para a importância de o bebê adquirir experiências musicais e sonoras desde a gestação, e é provável que tais estímulos auxiliem na sua comunicação com o mundo, sendo a mãe o sujeito principal que favorece a relação da criança com a música. E também o contrário: a música como o meio que fortalece o vínculo entre mãe e filho. Pesquisadores também declaram que o feto, a partir dos 5 meses de gestação, já consegue sentir e perceber sons, demonstra reações por meio de pontapés e reage ao batimento do coração da própria mãe.
A música suave é capaz de acalmar até a criança mais agitada. Durante a gestação, é importante para o bebê e para a própria mãe ouvir músicas suaves, aproveitando esse momento com prazer. Vivenciando a música de forma mais intensa, a mãe pode desfrutar de momentos agradáveis e necessários ao bem-estar físico, emocional e mental, o que conseqüentemente irá beneficiar a pequena criança em desenvolvimento. Logo, é fundamental que a mãe reconheça, perceba e sinta a importância da música no desenvolvimento do vínculo entre ela e o bebê, pois é um meio de comunicação muito especial com este ser tão frágil.

AS AULAS DE MUSICALIZAÇÃO PARA BEBÊS
 
    É a partir de 8 meses aproximadamente, que a criança consegue sentar sem apoio, mantendo a cabeça firme, realizando com facilidade as atividades propostas. As aulas geralmente são em grupo (para estimular a sociabilização). A criança aprende por observação, imitação e experimentações. É sempre acompanhada por um adulto responsável (mãe, pai, avó, tia), que participa da aula, junto com o bebê. O ambiente é sempre alegre, espontâneo e descontraído. A duração média é de 30 minutos. O grupo senta-se em círculo no chão, onde são realizadas as atividades. Trabalha-se nessa fase, principalmente a percepção sensorial e motora, a linguagem gestual, a construção do esquema corporal, a sociabilização, a movimentação natural (andar, correr, saltar), a formação de repertório, a disciplina pessoal, a coordenação motora e posteriormente e consequentemente, a construção de conceitos de propriedades do som como forte e fraco, rápido e lento, timbres, noção de pulsação, grave e agudo.

    Como? Através da manipulação e exploração de objetos que produzam som, acompanhar uma música instrumental de boa qualidade, canções que estimulem a linguagem falada através de gestos, canções e danças que estimulem movimentos de marcha, saltos, palmas, brincadeiras de roda e audição de diferentes gêneros musicais (ritmos).

    Rotina de uma aula:

1. Cumprimento cantado: Bom dia, crianças, bom dia, ...(o nome do aluno), cantado com intervalo de 3a. menor ( sol-mi );
2. Oferecer objetos que produzam som como tubos de filme, potes de yogurte, colheres, para livre exploração;
3. Uma canção como "bate,bate o ferreiro" para desenvolver a noção de pulsação, onde os bebês acompanham a música livremente, com palmas ou com os objetos oferecidos na atividade anterior;
4. Uma canção que estimule a movimentação corporal, como: "Serra serra serrador";
5. Uma canção que estimule a linguagem oral: "Uma bola, la, la";
6. Uma canção que estimule a linguagem gestual: "Cai, cai, balão";
7. Marchas, cirandas e brincadeiras musicais: "Marcha soldado", "Ciranda, cirandinha";
8. Música instrumental para ser acompanhada livremente por instrumentos de percussão;
9. Relaxamento: canções de ninar;
10. Canção de despedida.
Além de recursos visuais como: livros e brinquedos (fantoches, bolas, cavalinhos de pau, bichos de pelúcia).

REFERÊNCIA
FERES, Josette S. M. Bebê: Música e Movimento. Jundiaí, S.P. 1998.

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