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Reportagem sobre Musicalização de Bebês publicada no portal G1-RPCTV-Paraná em 09/07/2013 09h30 - Atualizado em 09/07/2013 09h30                            

'Música na infância ajuda no desenvolvimento', diz médico

Contato com os sons é importante mesmo antes do nascimento. Clube em Curitiba se especializou no assunto e reúne mães e crianças.

Adriana Justi Do G1 PR

Crianças se divertem na aula de musicalização do clube (Foto: Adriana Justi / G1)
Crianças se divertem na aula de musicalização no Clube Curitibano de Curitiba (Foto: Adriana Justi/G1)
O contato com a música ajuda no desenvolvimento das crianças desde o período pré-uterino, garante o neurologista infantil do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, Antônio Carlos de Farias. Ele explica que os primeiros sons absorvidos pela rede cerebral dos bebês são mediados pela voz e pelo movimento do corpo. Nestas diferentes formas de andar ou pegar no bebê se inscrevem as primeiras lições de movimento e estruturação rítmica. Na prática, segundo o especialista, o desenvolvimento pode ser percebido em facilidades para a realização de várias situações do dia a dia, como atividades aritméticas e no comportamento em geral, por exemplo.
"Todos nós nascemos com o cérebro formado, mas não 100% 'maduro', ou seja, os neurônios precisam formar redes cerebrais e, para que haja isso, é preciso aprendizado. Nós temos várias proteínas no cérebro que estimulam esse crescimento, mas para que isso aconteça tem que haver um estímulo do ambiente. Se o ambiente não expõe a criança a isso, o processo será sistematizado e não haverá essa formação das redes. Então, quando a criança começa a ouvir música precocemente, ela vai estimular ainda mais a formação dessas redes", acrescenta.

Em Curitiba, o clube curitibano resolveu se especializar no assunto e oferece aulas de musicalização para crianças entre cinco meses e três anos de idade. As aulas são intercaladas com os sons da voz e de objetos sonoros. "Além de trazer aprendizado para esses pequenos desde cedo, nós também priorizamos a importância de valorizar o vínculo com os pais. É um momento único, que eu tenho certeza que vai ficar na memória deles para sempre", explica a professora de música Josirene Marques, de 33 anos.

Aulas são ministradas com o som da voz e de objetos musicais  (Foto: Adriana Justi / G1)
Aulas são ministradas com o som da voz e de objetos musicais (Foto: Adriana Justi / G1)
Entre um intervalo e outro, as crianças são estimuladas a segurar os objetos musicais e entregar no fim da atividade.  "Para eles é apenas uma brincadeira, mas aos poucos vão aprendendo a organizar as próprias coisas, como os próprios brinquedos, por exemplo", complementa a professora.
A pedagoga Letícia Secundine, de 34 anos, participa das aulas há dois meses com a filha e aprovou o método. "O desenvolvimento futuro dela tem muito a ver com esse momento. Depois que ela começou a frequentar as aulas se tornou mais calma e eu percebi melhoras até na alimentação e no sono", argumenta.
"Acho que o mais importante para os pais é ver os filhos bem. No início eu notei que ele não gostava muito, mas, agora, se sente mais a vontade e vibra quando ouve as músicas preferidas. Então, eu valorizo esse momento, sei que isso vai refletir no futuro de maneira muito positiva", considera a advogada Claudia Hajmussi.
Dicas
A professora Josirene Marques deu algumas dicas para que as atividades sejam feitas em casa. Ela disse que é possível usar, além de instrumentos musicais, objetos sonoros, que podem ser feitos com materiais recicláveis. “Dá para usar dois fundos de duas garrafas pet e bater um no outro. Para a borda não ficar cortante, passo ferro”, explica.
Outra sugestão é o uso de embalagens de filmes fotográficos. “Pega o potinho e coloca alpiste dentro para o som ficar suave, e usa como chocalho. Antigamente, colocava-se milho, arroz ou feijão, mas o som ficava forte”.
Josirene afirma que é importante que o pai, a mãe, a babá ou qualquer outra pessoa, que vá interagir com a criança, cante em vez de colocar um CD, por exemplo. “A criança vai se interessar por quem está cantando. É importante cantar para a criança ver que é legal. Isso vai até estimular a fala”, orienta.
A atividade pode ser realizada em qualquer cômodo da casa que tenha um espaço livre. “É bom usar um tapete emborrachado, como um tatame, para a criança ficar sentada em cima”, completa.
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Artigo publicado no site do Colégio Passionista Nossa Senhora Menina em Curitiba PR

Como um bebê reconhece uma voz ou uma melodia? 

A percepção da emoção em música nos primeiros anos de vida

Resumo:
O presente artigo é um recorte do levantamento de dados que realizei em minha monografia de conclusão da Pós-Graduação em Educação Musical da EMBAP, trata do desenvolvimento da fala nos bebês de 1 ano e 6 meses a 2 anos, que tem aulas de musicalização uma vez por semana num Centro de Educação Infantil em Curitiba.


A mente musical
Pesquisas recentes sobre o desenvolvimento da memória investigam a aquisição de habilidades musicais em bebês procurando entender o papel da memória musical para a percepção musical (Hepper, 1991; Lamont, 2001; Jusczyk & Holme, 1997; Saffran, Loman & Robertson, 2001; Trainor, 2001; Ilari & Majlis, 2002 citados em Ilari 2006). (JANZEN, 2008, p.44)
A música desperta alguma emoção no bebê? Como ele consegue identificar a voz materna assim que nasce?
A ligação entre as experiências musicais e a emoção tem despertado o interesse de pesquisadores que buscam identificar a localização das áreas ativadas, como também, entender quais os fatores que geram a emoção musical (Justin & Sloboda, 2001). (JANZEN, 2008, p.44)
De acordo com alguns dos resultados já obtidos, a análise emocional da música está ligada a áreas específicas do córtex cerebral (Peterz & Gagnom, 1999). (JANZEN, 2008, p.44)
Sloboda afirma que a emoção musical está vinculada a três fatores: associação, comunicação e expectativa. A associação refere-se à capacidade de relacionar músicas com momentos felizes ou tristes da vida. A comunicação está ligada à possibilidade da música expressar as emoções ligadas ao riso, choro, lamúria, protesto. Já a expectativa está ligada aos momentos de surpresa gerados pelas notas, harmonia ou interpretação (Garcia, 2002). (JANZEN, 2008, p.44)
A partir do sexto mês de gestação o bebê já ouve os sons intra-uteríno; assim associa/sente as emoções da mãe, ao som que ouve; por exemplo; se a mãe costuma escutar uma música quase todos os dias e se sente bem (feliz) quando a escuta, essa sensação é passada para o feto que associará essa música quando ouvir novamente a algo bom e também irá gostar quando ouvir. Por isso que pesquisas relatam que o bebê fica calmo quando escuta uma determinada música ainda dentro do ventre materno.
A música como função de expressão emocional: refere-se à função da música como uma expressão da liberação dos sentimentos, liberação das idéias reveladas ou não reveladas na fala das pessoas. É como se fosse uma forma de desabafo de emoções através da música. Uma importante função da música, então, é a oportunidade que ela dá para uma variedade de expressões emocionais; a descarga de pensamentos e idéias, a oportunidade de alívio e, talvez, a resolução de conflitos, bem como a manifestação da criatividade e a expressão das hostilidades (Merriam, 1964, p.219). (HUMMES, 2004, p.18)
Umas das melhores maneiras de expressar os sentimentos é através da música, um recurso muito utilizado pelas mães quando embalam seus filhos com canções de ninar, por exemplo.
Pois ao cantar a mãe colocará junto à canção à intenção e a emoção, isto é, o sentimento, o amor e o carinho que ela tem pelo filho; e o mesmo sentirá e perceberá no tom de voz e na maneira como está sendo cantando como é bom, agradável, e assim sentindo-se bem e protegido muitas vezes adormecerá nos braços da mãe. Baseando-se em pesquisas da psicologia experimental das últimas décadas; os estudos da neurociência ainda se encontram em um estágio inicial, estes apontam para a infância como um período propício para o desenvolvimento do cérebro e de todas as atividades humanas. Contudo, ainda há muitos debates na comunidade científica sobre os tipos de estímulo e o papel que estes exercem no desenvolvimento cerebral. (ILARI, 2006, p. 273)
Com mais pesquisas e estudos do desenvolvimento do cérebro dos bebês poderá ser descoberto como e quando estimular o bebê, quais as áreas que serão beneficiadas com esse estímulo e o quanto são benéficos para seu desenvolvimento que aconteça o estimulo da música, por exemplo, na idade propícia para tal, pois quando se tornar um adulto ele seja um para ser humano melhor em todos os aspectos. No início do desenvolvimento mental do bebê, os padrões de percepção e ação proporcionam tanto os materiais quanto as ferramentas do pensamento. Assim como ocorre em outras áreas do aprendizado perceptivo, há uma diferenciação crescente nas respostas dos bebês aos sons. Os primeiros aprendizados de discriminação auditiva ocorrem em relação à dinâmica, timbre e altura. (ILARI, 2006, p. 251)
Como o desenvolvimento da linguagem está intimamente ligado à música (ao canto) fazem-se necessários mais estudos nessa área. E é isso que esse levantamento de dados se propõe, investigar sobre as pesquisas que já existem sobre o assunto e tentar contribuir para novos estudos nessa área. Aplicando questionários e entrevistas aos pais e “cuidadores” dos bebês de um ano e meio a dois anos de idade. As pesquisas parecem indicar que as estruturas necessárias para a percepção tonal e rítmica estão disponíveis aos bebês muito antes do que sugerem as nossas práticas educacionais atuais. As evidências advindas das pesquisas também apontam para a importância do contorno melódico como elemento crítico das melodias para bebês e adultos. (ILARI, 2006, p. 256)
Se juntamente com o cuidado com o bebê estiver à música ajudando a acalmar, aliviar, estimular, desenvolver as áreas do conhecimento (linguagem, percepção auditiva) ao mesmo tempo, com certeza esse bebê passará pela fase de desenvolvimento/crescimento bem mais tranqüilo, feliz e completo possibilitando o desenvolvimento de todas as áreas do cérebro.
Chang e Trehub (1977) determinaram que bebês de apenas 5 meses podem processar informação rítmica e melódica. Monitorando as mudanças nos batimentos cardíacos dos bebês, elas descobriram que os bebês discriminavam entre a transposição de uma melodia familiar e uma melodia nova, e entre dois padrões rítmicos diferentes.
Trehub, Bull e Thorpe (1984) examinaram o reconhecimento por parte de bebês de 8 a 11 meses de outros tipos de transformações melódicas mais precisas. Eles usaram o condicionamento de virada de cabeça para demonstrar que os bebês eram sensíveis ás mudanças em repetição imediatas de padrões de seis notas. Bebês de apenas três dias reconhecem e preferem ouvir a voz materna a qualquer outra voz feminina. (ILARI, 2006, p. 277)
O uso de música no dia-a-dia dos bebês ultrapassa as barreiras temporais e culturais. Já no primeiro ano de vida, os bebês exibem preferências por cantores e maneiras de cantar, demonstram indícios de percepção de emoção em música, além de possuir capacidades cognitivas notáveis de armazenamento de música conhecida na memória de longo prazo.
Bruner (1973) apresentou uma descrição de como os sistemas de representação se desenvolvem no início da vida que ainda é útil à teorização contemporânea. Ele apontou para o fato de que as representações na infância são inativas, isto é, são baseadas em ações motoras, as seqüências de ações definem objetos. (HARGREAVES & ZIMMERMAN, p. 237)
Por isso pais e mães cantam de maneira muito mais expressiva quando seus bebês estão presentes. O canto dirigido ao bebê tem também função de regular às emoções na díade mãe-bebê. Pesquisas recentes sugerem que, independentemente do tipo de relação que estabelecem com os filhos, as mães expressam emoção no canto dirigido ao bebê (Milligan et al., 2003).
É interessante notar que os bebês estão atentos à expressividade na comunicação vocal através do canto dirigido. Um estudo recente investigou o desenvolvimento da percepção de emoção em música durante o primeiro ano de vida (Schmidt, Trainor & Santesso, 2003).
Os pesquisadores usaram técnicas de encefalograma para medir as reações de bebês de 3, 6, 9 e 12 meses a três peças orquestrais, cada qual representando uma emoção diferente: felicidade, tristeza e medo. Os pesquisadores notaram que a apresentação de música “com emoção” aumentou a atividade cerebral dos bebês de 3 meses, teve pouco efeito nos bebês de 6 e 9 meses e diminuiu a atividade cerebral em bebês de 12 meses. Isso levou os pesquisadores a concluir que a música passa a ter um efeito calmante nos bebês no final do primeiro ano de vida. Outras evidências também sugerem que a música acalma os bebês. Shenfield, Trehub & Nakata (2002) mediram o nível de cortisol (o hormônio associado ao estresse) na saliva dos bebês enquanto ouviram a mãe cantar, falar e no silêncio. Os resultados sugeriram uma diminuição do nível de cortisol somente na presença do canto. Esses estudos evidenciam aquilo que muitos pais sempre souberam de forma intuitiva: que a
música pode ajudar a regular a emoção dos bebês. Ainda a respeito da regulação de emoção por meio da música, Trevarthen e Malloch (2002) formularam uma teoria chamada de musicalidade comunicativa, que define as formas fundamentais de criação e expressão artísticas para todas as artes temporais, e explica o fascínio dos bebês com os padrões musicais. Segundo os pesquisadores, a musicalidade comunicativa aparenta ser um princípio de organização inato para todos os movimentos envolvidos em interações saudáveis, regulando os contornos melódicos das vocalizações usadas por pais e bebês, dando inflexões aos timbres das vocalizações, sugerindo e facilitando “a vez de cada um” num pulso rítmico. A musicalidade comunicativa leva em conta o fato de que os bebês são sensíveis ao sentido intrínseco da música, e que seus comportamentos diante dela têm um espaço no tempo, e são expressos de modo a contribuir para um jogo musical conjunto. Ou seja, a função reguladora da música parece se desenvolver juntamente com a criança, e se inicia com a musicalidade implícita nas protoconversações entre bebês e seus pais, passando pelo canto materno propriamente dito, e finalmente chegando às manifestações musicais das crianças e adolescentes, na forma de execuções, movimentos corporais, canto, dança e jogos rítmicos, entre outros.
Conclusão
Esses estudos demonstram que o bebê é um ouvinte competente antes mesmo de chegar ao mundo. Diferentemente do que se costuma pensar, sabemos hoje que ele já dispõe de diversas competências musicais, algumas que têm início ainda no útero materno. Ao que tudo indica, essas competências são influenciadas e desenvolvidas ora pela maturação normal do ser humano ora pelas interações do bebê com sua família e cultura. Nos últimos tempos, fala-se muito sobre os efeitos benéficos das atividades musicais no desenvolvimento cerebral e cognitivo dos bebês e crianças, inclusive que a música pode torná-los mais inteligentes e melhores em conteúdos específicos como matemática e linguagem. È importante salientar que, embora existam indícios de que o estímulo musical possa ser benéfico para o desenvolvimento cerebral e cognitivo dos bebês, ainda há muita controvérsia com relação aos benefícios e à qualidade e quantidade de estímulo que a criança pode/deve receber nesse período (Fox, 2000). Como sugerem alguns pesquisadores (Thompson & Nelson, 2001), não há, até o momento, nenhuma relação de causa e efeito estabelecida entre a música e as habilidades cognitivas. O que isso quer dizer é que não há qualquer garantia de que as experiências musicais tornem o bebê um ser mais inteligente ou mais propício a matemática, lógica e linguagem, entre outras. Por essa razão, ao pensar no uso da música com bebês e crianças pequenas, é necessário apelar para o bom senso. Além da observação cuidadosa das reações dos bebês e das crianças pequenas, é importante levar em conta as necessidades naturais delas, tais como comer, descansar, brincar, dormir, interagir, observar, ouvir e sentir, entre outras tantas. Quando se fala em desenvolvimento cognitivo musical, estamos falando não apenas no desenvolvimento do cérebro ou de habilidades que fazem parte dos testes tradicionais de inteligência, mas do desenvolvimento da mente como um todo, já que o desenvolvimento humano não deve estar dissociado de outros contextos como, por exemplo, o contexto social. O estudo do desenvolvimento cognitivo-musical é muito complexo e deve, necessariamente, incluir aspectos psicológicos, sociais, culturais, emocionais, motores e físicos, entre outros. O benefício psicológico que a música traz é o de que a música é uma forma de comunicação de afeto entre os seres humanos. Como foi visto, os pais cantam de maneira diferenciada para seus bebês, que não apenas apreciam esse modo de cantar, mas também aparentam compreender as mensagens emocionais contidas nas melodias entoadas. Embora ainda não existam evidências que demonstrem os efeitos das experiências musicais no início da vida na percepção e cognição musicais dos adultos, há uma espécie de consenso, proveniente tanto da pesquisa empírica quanto da sabedoria popular, de que a música tem um papel importante no desenvolvimento e na rotina da criança pré-verbal.
Mesmo que o bebê não entenda o que quer dizer a letra da canção, ele já está pronto para compreender as mensagens afetivas implícitas na voz e no gestual daquele que canta.
REFERÊNCIAS
ILARI, S. B. (2006). Em busca da mente musical: ensaios sobre os processos cognitivos em música – da percepção à produção/Beatriz Senoi Ilari (organizadora);colaboradores Beatriz Raposo de Medeiros...(et al.). – Curitiba: Ed. da UFPR, 2006.
Fox, D. B. (2000). Music and the baby´s brain: early experiences. Music EducatorsJournal, 87, 23-27.
HARGREAVES, David & ZIMMERMAN, Marilyn. Artigo: Teorias da aprendizagem musical.
Hummes, Júlia Maria. As funções do ensino da música, sob a ótica da direção escolar: um estudo nas escolas de Montenegro/RS. Dissertação (Mestrado em Educação Musical) Programa de Pós-graduação em música, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.
Janzen, Thenille Braun. Pistas para compreender a mente musical. Cognição & Artes Musicais/Cognition & Musical Arts 3, 42-49. 2008.
Schmidt, L. A., Trainor, L. J. & Santesso, D. L. (2003). Development of frontal eletroencephalogram (EEG) and heart rate (ECG) responses to affective musical stimuli in the first 12 months of post natal life. Brain and Cognition, 52, 27-32.
Shenfield, T., Trehub, S. E. & Nakata, T. (2002, Abril). Salivary cortisol responses to
maternal speech and singing. Conferência Internacional de Estudos sobre bebês. Toronto, Canadá.
Thompson, R. A. & Nelson, C. A. (2001). Developmental science and the media: early brain development. American Psychologist, 56, 5-15.Trevarthen, C.
Thompson, R. A. & Nelson, C. A. (2001). Developmental science and the media: early brain development. American Psychologist, 56, 5-15.
Trevarthen, C. & Malloch, S. (2002). Musicality and music before three: Human vitality
and invention shared with pride. Journal of Zero to Three, 23, 10-18.

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